Como não cair em fake news nas redes sociais?

As famosas fake news estão cada vez mais frequentes no dia a dia, ainda mais quando são relacionadas a assuntos como política, guerra, conflitos, doenças e demais temas de abrangência nacional e mundial. 

Mentiras sempre existiram na sociedade, mas quando são utilizadas para coagir ou enganar pessoas com discursos podem causar muitos problemas. Sobretudo, quando falam sobre acontecimentos da sociedade, já que podem representar grandes males, não só jurídicos como nas ações das pessoas ou até nas questões emocionais.

Nos últimos anos, as notícias falsas cresceram, principalmente compartilhadas pelas redes sociais. Em momentos de crise, como o da pandemia, é comum que as pessoas busquem por mais informação, aumentando também a propagação das fake news.

Segundo dados do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), as fake news se espalham 70% mais rápido que as notícias verdadeiras. A questão é que muitas pessoas não sabem identificar quando esse tipo de informação. 

Continue o artigo e descubra como identificar as notícias falsas, os principais problemas que elas causam e como evitar ser vítima da desinformação. 

O que são fake news?

São informações falsas publicadas por veículos de comunicação, pessoas comuns ou outros atores sociais como se fossem informações verdadeiras. 

Na maioria das vezes, elas são criadas com o objetivo de adotar um ponto de vista específico, prejudicar alguém ou influenciar pessoas a seguirem uma mesma linha de pensamento. 

Embora seja um tema atual, conforme dito anteriormente, é uma estratégia antiga, originada séculos atrás. Um exemplo são as histórias que eram contadas sobre qual lado havia ganhado as guerras no período das colonizações. Desde os primórdios, os acontecimentos tinham mais de uma versão, algumas criadas propositalmente. 

Hoje, isso se torna mais presente devido ao alto consumo de informação e a agilidade do compartilhamento de mensagens pelas redes sociais. Não é à toa que estamos vivendo a era da informação. Mas precisamos questionar a qualidade do conteúdo desenvolvido. 

Assim, não são apenas grupos específicos que criam histórias para se autopromoverem como no passado. Agora, qualquer pessoa consegue criar uma fake news e compartilhar na internet.

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Fake news e as redes sociais 

Mais de 4,2 bilhões de pessoas utilizam redes sociais ao redor do mundo, representando pelo menos 53,6% da população mundial. Se tantos usuários estão conectados nesses canais, torna-se mais fácil de algo viralizar. 

Quando se fala de fake news, basta uma palavra apelativa para milhares de pessoas compartilharem com outros usuários. E um dos motivos é porque essas notícias possuem um tom mais crítico e sensacionalista. 

A descoberta de uma fraude, um caso polêmico, a morte de alguém e o discurso de uma autoridade são alguns exemplos mais recorrentes. 

Isso ocorre porque as pessoas estão sempre procurando algo para comentar em seus círculos de amizades, sobretudo quando é algo polêmico e que ninguém esperava. Por isso, as redes sociais acabam sendo os principais canais de propagação de mentiras.

Como identificar uma fake news?

Identificar uma fake news pode ser uma grande dificuldade, já que algumas notícias parecem tão reais que são pequenos detalhes que destacam as informações enganosas. Entretanto, outras são bem fáceis de distinguir, devido a algumas características. Confira as principais:

Títulos sensacionalistas

Muitas vezes pelo próprio título ou manchete você já pode desconfiar de uma notícia falsa. Alguns exemplos são palavras sensacionalistas e soluções milagrosas, que foram produzidas de maneira tendenciosa, com o intuito de chamar a atenção do leitor. 

Fonte e autor desconhecidos

Esse é um dos pontos mais fáceis de verificar, pois informações publicadas por sites fraudulentos, principalmente com URLs estranhos, não utilizam sites oficiais como fonte ou mesmo inventam a informação para alcançar o propósito desejado. Por isso, o autor do texto não assina a matéria.

Posicionamento extremista

Quando o argumento da notícia é muito agressivo ou extremista, isso também demonstra a possibilidade de ser fake news. Normalmente, as matérias e comunicados estão mais para um tom parcial. Os formatos que costumam apresentar alguma opinião são coluna e blog, mesmo assim não utilizam termos sensacionalistas. 

Erros gramaticais

Grandes veículos de comunicação e sites oficiais raramente têm erros gramaticais muito grosseiros. Se você ler o texto que tem diversos descuidos de concordância e coerência, fique atento aos outros fatores para identificar se é uma notícia enganosa. 

Apelo por compartilhamento

Normalmente, as fake news estão acompanhadas de mensagens como “compartilhe com amigos agora” e “não deixe de contar para o máximo de pessoas possível”. 

Essas frases apelativas são bem características das notícias falsas, até porque se fossem oficiais não seria necessário esse pedido para viralizar, já que os jornais repercutem temas de interesse público. 

Principais problemas causados pelas fake news

Conforme dito anteriormente, é comum que as fake news viralizem rapidamente. O grande problema é que elas podem causar diversas consequências para a sociedade, já que muitas vezes olhamos a matéria na correria do dia a dia e nem verificamos se é verdade ou não.

Dentre os principais problemas que as notícias falsas podem causar estão:

Roubo de dados

No ranking dos piores problemas estão os chamados malwares. Alguns links podem conter algum software malicioso, como o phishing, e pegar informações sobre os seus dados sem você perceber.

Os prejuízos para os usuários podem ser enormes, desde roubo de informações até dinheiro. Os URLs fraudulentos, muitas vezes, são compartilhados em matérias falsas de sites duvidosos, por serem mais midiáticos. É importante ficar atento.

Problemas de saúde

Na pandemia, aconteceram alguns problemas sanitários, pois muitas notícias falsas sobre a covid-19, morte de pessoas, vacinas e medicamentos foram compartilhadas, inclusive por representantes políticos. 

A desinformação pode afetar a saúde emocional e o psicológico, deixando as pessoas em risco e afetando o dia a dia da população. Alguns exemplos de informações falsas compartilhadas sobre saúde são receitas milagrosas para curar doenças e tratamentos sem comprovação científica. 

Instabilidade social

As fake news também contribuem para a instabilidade social, já que podem gerar pânico entre os cidadãos. As consequências dessa instabilidade podem tomar grandes proporções e, consequentemente, afetar o bem-estar social. 

Em alguns casos, as fake news causaram até a morte de pessoas. Vale destacar um exemplo que ganhou bastante repercussão: uma mulher foi espancada e morta após uma página de notícias do Facebook acusá-la, indevidamente, de matar crianças em rituais de magia negra.

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Como não cair em fake news?

Algumas atitudes podem ajudar você a identificar uma notícia falsa. Antes das dicas, é importante lembrar que algumas ferramentas e sites atuam para combater a desinformação, com a análise de texto e checagem dos acontecimentos, como é o caso do Detector de Fake News, Agência Lupa, Fato ou Fake e E-Farsas. 

Agora, saiba como não ser vítima de uma fake news:

Web Segura

A Web Segura é uma iniciativa da PROTESTE em parceria com o Google, com o objetivo de deixar o ambiente online mais seguro e informar sobre a segurança digital. Visite nossa página e saiba como se proteger contra o vazamento de dados e outros crimes virtuais.

Leia além do título

Muitas pessoas acreditam em tudo que leem e nem passam do título na matéria. Então, uma forma de descobrir e evitar a propagação das fake news é ler todo conteúdo e ver a forma como ele é divulgado. A partir da leitura, é possível identificar alguns pontos de desconfiança.

Desconfie das notícias divulgadas

Desconfie das notícias que chegam no seu perfil de rede social, como Facebook, grupos ou pelo Whatsapp, já que essas plataformas são utilizadas para compartilhar informações falsas. 

Desenvolver o senso crítico é bastante importante, independentemente da forma como a mensagem chega até você, por uma conversa pessoalmente ou por panfletagem na rua.

Duvide das mensagens encaminhadas pelas redes sociais

Com tantos canais de comunicação, mentiras são disseminadas bem rápido. Então, desconfie do que estão compartilhando com você nas redes sociais. O Whatsapp, por exemplo, é um dos campeões de compartilhamento. 

Duvide de áudios atribuídos a falsos especialistas e informações que chegam a partir de pessoas que “conhecem alguém que disse aquilo”.

Cheque outros meios de comunicação

Sempre questione a veracidade das informações, pesquisando em outros veículos e canais sobre o mesmo assunto. Caso não encontre nada relacionado, pode ser ser uma fake news. 

Se ninguém assume a origem da informação compartilhada, pode estranhar e desconfiar da sua veracidade.  

Visite os sites oficiais

Os grandes veículos de notícia sempre vão ter as últimas informações em primeira mão. Então, assim que receber algo, procure nos principais jornais da sua cidade e em fontes oficiais para não correr o risco de acreditar em algo totalmente enganoso e sensacionalista.

Visite o site da organização e das personalidades citadas no texto suspeito. As prefeituras, os estados e outras representações públicas e privadas possuem canais de comunicação, que podem ser boas fontes para checagem.

Não compartilhe mensagens duvidosas

Não compartilhe a informação sem ter a certeza da sua veracidade, pois isso traz problemas não só para você como para quem você encaminhou a mensagem. 

Qualquer coisa pode circular nas redes sociais e se você compartilha sem checar, pode estar sendo usado como ferramenta de uma engrenagem para propagação de mentiras. 

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Notícias falsas e enganosas surgem a todo momento, o importante é saber distinguir o que é verídico e o que não é para não acabar compartilhando informações erradas e causando problemas às outras pessoas.

Diversos pontos foram apresentados sobre como evitar a propagação de fake news, seguindo as dicas podemos diminuir cada vez mais a propagação da desinformação. 

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