Qual o verdadeiro custo dos produtos que compramos?

Qual o verdadeiro custo dos produtos que compramos?

Série da Netflix aborda o tema e reflete sobre o real impacto do consumo, que vai além do preço que pagamos pelos produtos

Vale a pena comprar produtos falsificados ou muito baratos? Uma série da Netflix pretende responder a essa e outras perguntas relativas ao consumo. “Desserviço ao Consumidor” mostra que muitas vezes quando pensamos que estamos comprando um produto muito barato, na verdade estamos pagando um preço muito alto por ele, mas de uma forma que não percebemos.

É o caso de produtos falsificados ou prejudiciais ao meio ambiente e à saúde. Segundo os produtores do programa, a cada 17 minutos, por exemplo, alguém se fere com a queda de um móvel mal feito. Já os adolescentes estão cada vez mais expostos a cigarros eletrônicos, que já se mostraram um risco à saúde. Maquiagens falsificadas, por sua vez, não raro apresentam produtos cancerígenos em sua composição.

O consumidor pode se informar sobre o produto até mesmo antes de adquirir e verificar também problemas de utilização de outros usuários com pesquisas na internet.

Várias vezes muitos de nós somos tentados a consumir esses produtos, mas na maior parte delas não é uma boa ideia. “Consumir só o que for realmente usar já é uma forma de ajudar o meio ambiente. No que se refere à saúde, o consumidor deve sempre verificar quais são os potenciais riscos do produto que está comprando”, orienta o especialista da PROTESTE em Meio Ambiente, Thiago Leite Porto, à luz do consumo consciente.

Além disso, o especialista dá outras orientações para evitar falsificações. “O consumidor pode se informar sobre o produto até mesmo antes de adquirir e verificar também problemas de utilização de outros usuários com pesquisas na internet”, afirma.

Em tempos de coronavírus, é preciso ainda cuidado redobrado com produtos que têm requisitos mínimos de qualidade, como por exemplo o álcool gel. “Comprar produtos falsificados ou sem uma empresa no Brasil reconhecida pode ser um problema, principalmente na atual situação contra o coronavírus. Outro exemplo de risco é a falta de verificação do rótulo ou manual de uso. Alguns produtos químicos deve ser usados com luvas, não podem ser inalados ou entrarem em contato com os olhos, como os desinfetantes”, pontua.

Consumidor deve prestar atenção às informações técnicas

Um bom exemplo de consumo consciente seria a compra de uma TV no tamanho adequado para o local onde será instalada. Um aparelho 65 polegadas numa sala pequena, por exemplo, é um desperdício de dinheiro, além de poder gerar desconfortos como tontura, dor de cabeça, entre outros problemas.

Por isso, o consumidor deve estar sempre atento às informações nas embalagens e evitar comprar produtos de origem desconhecida ou sabidamente falsificados. Se a informação não for clara e o consumidor se sentir lesado, ele deve procurar o Procon da sua cidade ou o Serviço de Defesa do Consumidor da PROTESTE para se informar sobre seus direitos.