Revolução da IA: Inteligência artificial generativa nos celulares

Revolução da IA: Inteligência artificial generativa nos celulares

Depois de fazer sucesso no ChatGPT e no Dall-E, a inteligência artificial generativa chegou aos celulares no novo lançamento da Samsung, o Galaxy S24. Saiba o que é

O uso da inteligência artificial já é uma realidade no mundo todo e está cada vez mais disponível para quem está conectado à internet. E uma de suas revoluções é a inteligência artificial generativa. Este ramo da ciência da computação começou a se difundir por várias tecnologias e chegou aos celulares.

A inteligência artificial é uma tecnologia relativamente recente, com menos de 100 anos. O primeiro conceito foi criado em 1943 com Walter Pitts e Warren McCulloch, que sugeriram a criação de neurônios artificiais. E o termo inteligência artificial só surgiu em 1956 durante uma conferência em Dartmouth, nos Estados Unidos. Porém, a IA precisou enfrentar tempos de hibernação enquanto as demais tecnologias evoluíram antes de, enfim, deslanchar. Tanto que a IA só começou a ter sua criação disparada nas últimas décadas, após o barateamento dos computadores e a criação de softwares.

Nos últimos anos, a IA está mais avançada e se aproximando cada vez mais do raciocínio humano. Exemplos que podemos considerar são as criações do ChatGPT, pela OpenAI, e do Bard, pelo Google, que deixam claro que esta tecnologia já é capaz de aprender e responder de uma forma muito próxima a da mente humana. E também o Dall-E, que cria imagens a partir de comandos simples dos seres humanos.

Portanto, o próximo passo da IA já está em desenvolvimento: a inteligência artificial degenerativa.

Um exemplo muito recente da inteligência artificial degenerativa acaba de chegar à telefonia móvel, que é o novo Galaxy S24, da Samsung, um celular que promete levar a GenAI para a palma da mão por meio de um sistema operacional. Deste modo, o lançamento só enfatiza o que o mercado já percebeu: 2024 é o ano da inteligência artificial. Quer saber sobre o impacto da nova tecnologia? Confira abaixo:

O que é inteligência artificial generativa?

Para começar, vamos definir a inteligência artificial. Esta tecnologia faz parte da ciência da computação e é a capacidade das máquinas de reproduzirem os comandos ensinados pelos humanos por meio de programações e códigos, que reconhecem padrões, compreendem a linguagem e fazem análises para a tomada de decisões. Com isso em mente, podemos definir que a inteligência artificial generativa vai além disso.

Na inteligência artificial generativa, as máquinas são capazes de criar algo novo de forma autônoma. Os algoritmos podem otimizar as tarefas dos seres humanos por meio de análises, criação de novas relações, novos textos e até fazer modificações em algo que já existe.

E, ferramentas sobre isso já estão disponíveis para a população, como o ChatGPT e o Dall-E, que são capazes de criar textos, informações e imagens com comandos simples dos humanos. Tanto que, recentemente, o empresário Bill Gates, cofundador da Microsoft, refletiu sobre a IA em seu blog oficial e destacou a rápida evolução deste sistema.

Durante décadas, a questão era quando os computadores seriam melhores que os humanos em alguma outra coisa além de fazer cálculos. Agora, com a chegada do aprendizado de máquina e de grandes quantidades de poder computacional, IAs sofisticadas são uma realidade e irão melhorar muito rapidamente. Lembro-me dos primórdios da revolução da computação pessoal, quando a indústria de software era tão pequena que a maioria de nós cabia no palco de uma conferência. Hoje é uma indústria global. Como uma grande parte está agora voltando sua atenção para a IA, as inovações virão muito mais rápido do que o que experimentamos após a descoberta do microprocessador. Em breve, o período pré-IA parecerá tão distante quanto os dias em que usar um computador significava digitar no prompt C:> em vez de tocar na tela“, disse ele.

O que esperar do Galaxy S24?

A Samsung lançou um aparelho celular com Inteligência Artificial Generativa integrada em seu sistema, o Galaxy S24. O novo dispositivo foi apresentado como uma nova experiência no modo de usar um celular no dia a dia, sendo uma aposta no mundo da IA. Isso porque o seu sistema é capaz de compreender, criar e modificar textos, desenvolver códigos, e criar e modificar imagens estáticas e vídeos.

Além destes pontos, a IA generativa no novo modelo de celular tem um chat próprio de assistente pessoal nativo para responder perguntas do usuário e ainda criar imagens com comandos simples. E também será capaz de traduzir uma conversa em tempo real por meio de uma chamada nativa e tradução de áudios e mensagens de texto.

De acordo com o site oficial da marca, “A Galaxy AI é uma experiência abrangente de IA móvel, alimentada tanto pela IA no dispositivo desenvolvida pela Samsung quanto pela IA baseada na nuvem, possibilitada por novas colaborações abertas com líderes da indústria que compartilham nossas ideias. Ela transformará sua experiência móvel cotidiana com a tranquilidade que você espera em termos de segurança e privacidade do Galaxy”.

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O celular com IA da Honor

Em 2023, a Honor, marca chinesa de smartphones, anunciou o Honor Magic 5 Pro com a tecnologia de inteligência artificial generativa em seus sistemas. Com esta tecnologia, o celular tem a capacidade de registrar o melhor momento da imagem que quer ser captada. Por exemplo, o usuário apenas aponta a câmera do celular para o que quer registrar e a própria IA define qual é o melhor trecho para armazenar.

Com este aparelho, a Honor entrou para o campo da IA generativa com o foco na captura de imagens de forma autônoma.

Outro exemplo: o Microsoft Copilot

O Microsoft Copilot mostra como a inteligência artificial generativa pode ser usada por empresas corporativas e para o trabalho como um todo. Lançado em março de 2023, este dispositivo está presente no Microsoft 365 e otimiza programas como Word, Excel, PowerPoint, Outlook e Teams.

Com o Copilot, o usuário pode solicitar que ele realize atividades a partir de comandos, como, por exemplo, analisar os dados de uma planilha, criar um texto ou fazer a interação entre arquivos de diferentes softwares da empresa. Com isso, os funcionários poderão ter respostas para análises de seus projetos com mais agilidade.

Ele funciona por meio dos documentos internos de uma empresa que usa o Microsoft Graphs para vincular seus arquivos. Assim, o Copilot apenas faz a análise com os dados de trabalho do próprio local, sem ter vínculo com conteúdo disponível na internet.

O objetivo deste dispositivo é inserir a tecnologia da IA generativa na rotina corporativa e possibilitar o aumento da criatividade dos funcionários a partir do momento em que os dispensa das atividades mais técnicas. Inclusive, o Copilot já tem aplicativo que usa o ChatGPT 4 gratuitamente.

Inteligência artificial como assistente pessoal

Os assistentes pessoais já são realidade na vida de algumas pessoas que possuem esses sistemas no celular ou em dispositivos em suas casas. Por exemplo, a Siri, presente no iPhone, da Apple, que é um assistente pessoal que é capaz de responder dúvidas dos usuários, fazer listas e lembretes. Outro sistema parecido é a Alexa, da Amazon, que leva a inteligência artificial para dentro da casa das pessoas e automatiza as residências por meio de comandos do usuário, além de também ser capaz de responder perguntas e criar listas de tarefas.

E isso só tem o que melhorar com a evolução da inteligência artificial generativa, que poderá executar tarefas mais complexas no dia a dia das pessoas. Tanto que Mustafa Suleyman, cofundador do DeepMind, da divisão de AI do Google, disse recentemente que acredita que o assistente pessoal com IA chegará à rotina das pessoas nos próximos cinco anos e vai ajudar o ser humano a processar as informações. “[A IA] será capaz de raciocinar ao longo do dia, ajudá-lo a priorizar seu tempo, ajudá-lo a inventar, a ser muito mais criativo. Será um assistente de pesquisa, mas também será um coach e um companheiro”, disse ele ao CNBC, de acordo com o Business Insider.

Por sua vez, o empresário Bill Gates também acredita na evolução da Inteligência Artificial a ponto de se tornar assistente pessoal fundamental para a rotina humana. “O desenvolvimento da IA é tão fundamental quanto a criação do microprocessador, do computador pessoal, da internet e do celular. Irá mudar a forma como as pessoas trabalham, aprendem, viajam, obtêm curiosidades de saúde e se comunicam umas com as outras. Indústrias inteiras serão orientadas em torno disso. As pessoas se vão se distinguir pelo forma como o utilizam”, disse ele em seu blog.