Escolas rurais poderão contar com internet 4G via satélite

Escolas rurais poderão contar com internet 4G via satélite

A Anatel autorizou quatro operadoras de celular a atenderem escolas rurais com tecnologia 4G via satélite; 12.400 escolas poderão ser beneficiadas

Muitas escolas rurais ainda não contam com internet, muito menos 4G. Isso compromete a comunicação entre os órgãos governamentais de educação, professores, alunos e a sociedade. Além disso, impossibilita a disseminação de material porduzido na escola, bem como o caminho inverso. Assim, escolas desinformatizadas jamais poderão concorrer com as demandas da sociedade vigente.

No entanto, um empurrãozinho da Anatel pode mudar ao menos parcialmente esse quadro. A agência autorizou que as operadoras de celular atendam escolas rurais com 4G via satélite. A cobertura por satélite poderá atender até 12.400 escolas rurais.

Segundo o voto do conselheiro da Anatel, Emmanoel Campelo, o uso do satélite evoluiu como solução viável para atendimento das escolas rurais. Além disso, promove ganhos de cobertura nas áreas rurais e agrega benefícios adicionais aos consumidores.

As operadoras autorizadas a ofertar o serviços foram Claro, Oi, TIM e Vivo. A divisão foi a seguinte:

  • Claro: terá que ofertar a velocidade de 3,62 Mbps com franquia mensal de 31 GB;
  • Oi: velocidade de 12,61 Mbps e franquia de 51 GB;
  • TIM: 9,76 Mbps de velocidade e 45 GB de franquia;
  • Vivo: 6,40 Mbps com franquia mensal de 38 GB.

Internet nas escolas rurais é só parte do desafio

No entanto, a educação no meio rural, no Brasil, ainda tem muito a desenvolver. A falta de políticas educacionais voltadas para o meio rural limita a vida de adultos e crianças que vivem nessas regiões. Pesquisas recentes comprovam que o insucesso nesse meio de educação atinge 40%. Além disso, 70% dos alunos em séries incompatíveis com as idades.

Portanto, é louvável a medida da Anatel de autorizar as operadoras de celular atenderem escolas rurais com 4G via satélite. Ao menos um gargalo educacional nessas regiões poderá ser devidamente tratado e contar com uma solução. Obviamente, é preciso que outras barreiras sejam superadas, como a infraestrutura das escolas, a distância para as comunidades, falta de estradas, entre outras.