Veja como são as leis de proteção de dados nos Estados Unidos

Veja como são as leis de proteção de dados nos Estados Unidos

Nos EUA, não existe uma lei federal de proteção de dados, embora alguns estados já tenham legislações voltadas à preservação da privacidade dos cidadãos; saiba mais.

Apesar de não existir uma lei federal que determine regras para a preservação de dados pessoais nos Estados Unidos, a exemplo da GDPR europeia ou da LGPD brasileira, existem várias legislações locais, de âmbito estadual, com esse objetivo. Além disso, existem leis específicas, também com o intuito de garantir a privacidade.

“Um exemplo disso é a Health Insurance Portability and Accountability Act (HIPAA), que exige que informações médicas de pacientes sejam protegidas, garantindo a privacidade e a segurança de dados pessoais”, explica Adriana Antunes, vice-presidente da Comissão de Direito Digital e Tecnologias Disruptivas da OAB/DF. 

Além da HIPAA, existem outras leis que também estabelecem a privacidade dos cidadãos norte-americanos, como a Children’s Online Pivacy Protection Act (COPPA), que regulamenta o uso e a coleta de informações relativas a crianças menores de 13 anos sem o consentimento dos pais, ou a Telemarketing Sales Rules (TSR), que estabelece normas e restrições para as ações de telemarketing.

Leis específicas de proteção de dados nos Estados Unidos

Além de tais legislações federais, Adriana, que durante a Maratona LGPD PROTESTE + OAB/RJ vai falar sobre as experiências internacionais com o tema e o que os EUA esperam do Brasil com a aprovação da LGPD, citou também leis específicas, de âmbito estadual. 

“A legislação mais conhecida – e a mais robusta – é a da Califórnia, a California Consumer Privacy Act (CCPA), que cria novos direitos para o consumidor, que passa a ter mais controle sobre as suas próprias informações”, destaca. “Além dela, existem outras leis com a mesma finalidade em Nevada, Massachusetts e Minnesota. Em julho, foi também aprovada uma lei em Nova Iorque, a New York Stop Hacks and Improve Electronic Data Security Act (NY SHIELD), similar à da Califórnia, que exige maior transparência por parte das empresas e cuidados redobrados ao lidarem com dados pessoais”, acrescenta a especialista. 

Segundo Adriana, já existe, nos Estados Unidos, um movimento para aprovar uma lei de privacidade federal. “Os EUA prezam pela confiança e transparência. As empresas norte-americanas sabem que precisam gerar confiança para o consumidor. A adequação às regras e o tratamento de dados é importante para que os clientes se sintam seguros, não somente para evitar multas”, pontua a especialista. “Hoje, quem define o mercado é o consumidor, que conhece seus direitos. As empresas que querem crescer sabem disso”, afirma. 

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