Tecnologia: cápsula da Nasa pode conter maior amostra sobre origem da Terra
Com elementos quase idênticos desde a sua formação, asteroide pode trazer respostas sobre o sistema solar
No último domingo (24), uma cápsula da Nasa, que coletou a maior amostra já registrada da superfície de um asteroide, chegou aos EUA, na cidade de Utah.
O material pode fornecer informações sobre os primeiros dias do nosso sistema solar, há 4,5 bilhões de anos e as possíveis origens da água na Terra. Os cientistas estão animados com os dados que este elemento pode trazer e os fragmentos ainda estão em análise.
Segundo o jornal O Globo, a amostra, que foi recolhida durante a missão Osiris-Rex em 2020, pode conter mais de 250 gramas de material coletado do Bennu, asteroide próximo do planeta – chamado assim por passar relativamente perto da Terra a cada seis anos. Este asteroide foi descoberto em 1999, mede 500 metros de diâmetro e é rico em carbono.
Sua química e mineralogia são quase as mesmas desde que se formou, o que pode trazer muitas respostas sobre o início do sistema solar, origens e desenvolvimento de planetas formados por rochas, como a Terra.
After a journey of nearly 3.9 billion miles, the #OSIRISREx asteroid sample return capsule is back on Earth. Teams perform the initial safety assessment—the first persons to come into contact with this hardware since it was on the other side of the solar system. pic.twitter.com/KVDWiovago
— NASA (@NASA) September 24, 2023
Uma missão Japonesa chamada de Hayabusa 2, aconteceu em 2020 e recuperou amostras de outro asteroide que também estava próximo à Terra. Conhecido como Ryugu, os cientistas descobriram que ele continha dois elementos orgânicos, o que confirma a hipótese de objetos celestes como asteroides, cometas e meteoritos bombardearam o planeta e semearam o local.
A Nasa anunciou que tem planos de liberar os primeiros resultados de seus estudos em uma conferência que acontecerá no dia 11 de outubro.