Recolocação profissional: saiba onde você pode estar falhando

Recolocação profissional: saiba onde você pode estar falhando

Especialista em recrutamento lista cinco perguntas para você fazer uma autoanálise e mudar de atitude na busca por uma recolocação

O desemprego pode atingir qualquer pessoa e das mais diversas formas. Justamente por isso, não são raros os casos em que um profissional qualificado se encontra desempregado. Mas por que isso acontece? De acordo com especialistas, o mais recomendável para uma pessoa nessa situação que está buscando recolocação profissional é fazer uma autoanálise em busca de respostas para essa pergunta. 

“Vez ou outra me deparo com profissionais de diferentes gerações que fazem o seguinte desabafo: ‘sou qualificado, mas não tenho emprego’. Quando me vejo neste tipo de conversa, sempre sugiro que a pessoa faça uma análise sincera do próprio perfil e das práticas que vem adotando”, diz Fernando Mantovani, diretor geral no Brasil da Robert Half, empresa líder mundial em recrutamento especializado, que iniciou em 2007 suas operações no país e hoje conta com escritórios localizados em São Paulo, São Bernardo do Campo, Campinas, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. 

Vez ou outra me deparo com profissionais de diferentes gerações que fazem o seguinte desabafo: ‘sou qualificado, mas não tenho emprego’. Quando me vejo neste tipo de conversa, sempre sugiro que a pessoa faça uma análise sincera do próprio perfil e das práticas que vem adotando.

De acordo com Mantovani, um profissional qualificado que está em busca de uma nova oportunidade de trabalho, por estar desempregado, precisa se fazer cinco perguntas:

Sou realmente bom no que faço?

Segundo o diretor da Robert Half, ao citar sua experiência própria no contato com profissionais, 90% das pessoas que passam por uma avaliação 360 graus tendem a se autoavaliar com uma nota superior a que seus chefes ou pares lhe atribuem. Nestes casos, ter humildade é a maior recomendação do especialista.

“É preciso ter bastante humildade para responder essa questão e ter muita segurança sobre a qualidade de sua performance à frente dos projetos”, diz Mantovani.

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Em quais pontos eu posso melhorar?

No geral, de acordo com o executivo, quando nos comparamos a outro profissional, destacamos o que nós temos de bom e o outro tem de ruim. Mas o ideal a ser feito é elencar também os pontos de melhoria e as vantagens competitivas do outro. 

“O mapeamento deve considerar o perfil técnico e comportamental. Aqui, não se trata de se rebaixar, mas sim de promover uma comparação mais justa com todos os envolvidos”, afirma o especialista.

Como é o meu nível de exigência diante das oportunidades?

É comum que profissionais recusem salários compatíveis com os praticados pelo mercado por avaliarem que mereciam receber mais. Mas, segundo Mantovani, é preciso que a pessoa faça uma análise da conjuntura. 

“Entenda que ganhar muito ou pouco é uma avaliação bastante relativa e deve, inclusive, levar em conta a situação econômica do país, da empresa e do setor de atuação, além da questão de oferta e demanda”, explica o executivo.

emprego

Estou procurando da forma certa? 

Para o especialista, elaborar um currículo padrão e sair distribuindo para uma relação de e-mails não é exatamente uma boa estratégia. Neste caso, ele recomenda uma forma diferenciada de o profissional se mostrar para o mercado.

“Minha recomendação é, se possível, aproveitar esse momento de recolocação para estruturar ou revisar seu plano de carreira, identificando onde está, onde quer chegar e quais caminhos precisa percorrer. Assim, será mais fácil identificar em quais empresas faz sentido focar seus esforços e produzir um currículo personalizado para cada oportunidade”, recomenda Mantovani. 

As pessoas sabem que estou buscando uma recolocação profissional?

Parentes, amigos e antigos colegas de trabalho e do mercado precisam saber sobre sua disponibilidade e da busca por uma recolocação profissional.

“Aproveite o tempo livre para reencontrar pessoalmente antigos contatos e conhecer pessoas novas em cursos, palestras e eventos. A indicação para um novo emprego pode vir de onde você menos espera”, afirma o especialista.

As informações são da Robert Half.