Quais xingamentos podem deixar de ser bloqueados pelo Facebook e Instagram?

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A nova política da Meta permite comportamentos antes proibidos nas redes sociais

A Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e Threads, causou grande repercussão ao anunciar uma nova política de conduta de ódio na semana passada. As novas regras, flexibilizadas pela Meta, tornaram tolerados diversos comportamentos antes proibidos, como discurso de ódio.

A decisão da Meta gerou preocupação entre especialistas e ativistas de direitos humanos, que temem um aumento da hostilidade e da discriminação nas redes sociais. Muitos argumentam que, ao flexibilizar as regras, a empresa cria um ambiente propenso à propagação de discursos como racismo, misoginia e transfobia.

Impacto nas proteções a grupos vulneráveis

A nova política, divulgada no mesmo dia em que Mark Zuckerberg anunciou o fim do programa de checagem de fatos nas plataformas, removeu diversas proibições que antes protegiam grupos como mulheres, LGBTQIA+, negros e muçulmanos. As novas regras permitiram a comparação de mulheres a objetos, a expressão de superioridade de um gênero sobre outro e a demonstração de intolerância.

Uma das mudanças mais controversas foi a retirada da proibição de se autodeclarar como homofóbico, racista ou islamofóbico. Além disso, a versão em inglês da política deixou de proibir o uso do pronome “it” para se referir a pessoas transgênero ou não binárias, o que configura um ataque direto à identidade de gênero.

A busca pela liberdade de expressão

A justificativa da Meta para essas mudanças é a busca por uma maior liberdade de expressão. Ademais, críticos argumentam que essa flexibilização pode ter consequências graves, como o aumento de casos de assédio, discriminação e violência online. A decisão da empresa também levanta questionamentos sobre o papel das redes sociais na moderação de conteúdo e na proteção dos seus usuários.

Diante desse cenário, é fundamental que a sociedade civil, os governos e as próprias plataformas de mídia social trabalhem juntos para encontrar soluções que garantam a liberdade de expressão sem comprometer a segurança e o bem-estar dos usuários. As informações são do G1.