Por que a proteção de dados pessoais é tão importante?
Vários casos recentes de vazamento de dados demonstram a necessidade de aprimorar os sistemas de segurança; entenda melhor o risco de ter suas informações pessoais expostas.
No início de julho, uma brecha em um recurso do Nubank expôs nome e CPF de alguns clientes no Google. Em agosto, os dados pessoais de usuários do Vakinha, um dos principais sites de financiamento coletivo do Brasil, foram expostos na internet. Também em agosto, mais de 20 GB de dados confidenciais da Intel vazaram na internet.
Todos esses casos expõem a fragilidade dos sistemas de proteção utilizados pelas organizações. Por isso, a adequação das empresas à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) é tão urgente. Aliás, existe um longo histórico de casos de vazamentos de informações, que além de explicitar o quanto as empresas são vulneráveis, causam perdas gigantescas para as organizações e colocam seus clientes em risco.
No caso do Nubank e da plataforma Vakinha, as empresas informaram que as senhas dos clientes estão seguras e não há risco de tentativa de movimentação das contas – apesar disso, o Vakinha sugeriu que os usuários alterem essa senha de proteção. Já no caso da Intel, o vazamento afetou dados corporativos, que podem afetar a competitividade da empresa (entre os registros, estão, por exemplo, informações sobre processadores Kaby Lake e aos futuros Tiger Lake).
Para os consumidores, mesmo que esses ataques cibernéticos não promovam acesso às suas contas, existem vários riscos. Por exemplo, em mãos erradas, o nome completo da pessoa e seu CPF podem se transformar em uma brecha para várias fraudes. “Com os dados pessoais, os hackers conseguem contratar serviços, abrir contas e, caso tenham o cartão de crédito envolvido no vazamento, ainda podem fazer compras on-line”, disse Thiago Porto, especialista da PROTESTE. “Por isso, é importante acompanhar as notícias e sempre mudar as senhas. Caso tenha algum vazamento, é fundamental acompanhar a utilização do CPF e vinculação com empresas”, completou.
Confira como minimizar os riscos
Apesar da urgência de as empresas se adequarem à LGPD e criarem sistemas que garantam a proteção de seus registros, todos os consumidores também devem ter cautela e adotar alguns procedimentos de segurança. Confira as dicas do especialista da PROTESTE!
- Altere suas senhas periodicamente; apesar do incômodo, isso é importante para garantir a sua proteção on-line.
- Além da alteração frequente, evite utilizar combinações óbvias ou senhas iguais para várias contas.
- Tenha cuidado ao preencher dados pessoais em formulários on-line. Quando fizer uma compra em um e-commerce, observe se é um ambiente protegido (o endereço se inicia com https://).
- Evite informar o número de seu cartão de crédito e, muito menos, deixá-lo armazenado nos sites. O ideal é optar por um cartão virtual ao fazer o pagamento.
- Se precisar utilizar um computador público, lembre-se de sair de suas contas (e-mail ou redes sociais, por exemplo) após o uso. Além disso, em dispositivos de terceiros, opte por sempre usar aba de navegação anônima.
- Proteja seu smartphone e também seu chip com senha.
- Nunca forneça, por telefone, nenhum código recebido por SMS. Pode ser uma tentativa de clonagem de uma de suas contas.
- Ao instalar um aplicativo, tenha atenção às permissões. Muitos usuários concedem acesso a vários registros, como contatos, galeria, entre outros, sem perceber. Além disso, verifique se o desenvolvedor do app é confiável.