Banda larga: pequenos provedores superam gigantes no Brasil

Banda larga: pequenos provedores superam gigantes no Brasil

Empresas regionais têm a liderança de serviço em mais municípios do que Oi, Vivo e Claro/NET juntas

De acordo com um levantamento do portal especializado em telecomunicações Teleco, com base em dados coletados em setembro de 2019, os pequenos provedores de banda larga lideram a participação de mercado como os principais prestadores do serviço em 3.509 cidades brasileiras. Juntas, essas operadoras regionais superam de longe as gigantes Oi, Vivo e Claro/NET em número e municípios atendidos.

Confira o ranking:

  1. Provedores de pequeno porte: 3.509 municípios
  2. Oi: 1.631 municípios
  3. Vivo: 323 municípios
  4. Claro/NET: 97 municípios

Essa liderança, por sinal, não vem de hoje. No fim do ano de 2018, as pequenas operadoras já tinham o maior número de cidades atendidas, com 3.140. Assim como em 2017, com 2.523 municípios onde uma empresa de pequeno porte era a principal prestadora de serviço de banda larga.

Fibra óptica e preços atraentes nos pequenos provedores

A grande maioria dessas pequenas empresas atuam com fibra óptica. E, além disso, não fazem combos telefonia fixa, móvel e TV por assinatura. Com isso, acabam conseguindo oferecer velocidades maiores de internet por um valor mais atraente para o consumidor.

De acordo com o portal Tecnoblog, o crescimento do market share das pequenas empresas fornecedoras de banda larga ocorre porque as grandes operadoras não conseguem investir na expansão de suas redes de fibra óptica. 

Oi é a principal afetada pela concorrência

A Oi, que possui concessão em todos os estados brasileiros, com exceção de São Paulo, é a principal afetada. A empresa tem uma extensa cobertura do serviço de banda larga e tem aumentado sua rede de fibra óptica, mas em muitos locais fica limitada à tecnologia ADSL/VDSL.

Até 2021, a Oi tem planos de estar em 16 milhões de domicílios com sua rede de fibra óptica. De acordo com a Anatel, atualmente a empresa apenas 13,6% dos 5,6 milhões de acessos de banda larga fixa da operadora utilizam última milha de fibra óptica.

Planos da Vivo e da Claro/NET

Já no caso da Vivo, que também tem planos de expandir sua rede própria, há um planejamento para um modelo de franquia, que já foi adotado na cidade de Águas Lindas de Goiás (GO). Nele, empreendedores criam a própria rede, usando os moldes da operadora, e adotam a marca Terra. Sendo conectados pelo Vivo Fibra. Segundo a operadora, o investimento mínimo do franqueado seria de R$ 2,5 milhões para um contrato de 10 anos.

Por sua vez, a Claro decidiu adotar a fibra óptica nas novas cidades onde está entrando. Por meio da NET, a empresa vem utilizando especialmente a tecnologia DOCSIS, com cabos coaxiais. O que corresponde a 96,7% dos acessos.

Cuidado com provedores piratas

Para Thaís Veloso, especialista em Telecomunicações da PROTESTE, é benéfica para o consumidor. Mas ela faz um alerta sobre os chamados provedores piratas.

“Por possuir mais opções de escolha, o consumidor não precisa pagar pelos preços tabelados das operadoras ou mesmo ficar preso a alguns serviços que não são disponibilizados de forma individual. Mas, apesar disso, é importante procurar saber se esses pequenos provedores são empresas legais e registradas”, afirma Thaís.

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