Pequenas operadoras dominam acessos na banda larga fixa

Pequenas operadoras dominam acessos na banda larga fixa

Prestadoras com market share inferior a 2% representaram 92% da adição líquida de novos acessos em 2018

O Brasil terminou 2018 com 31 milhões de acessos na banda larga fixa, 2,2 millhões a mais que no fim de 2017. E a maior adição não foi das grandes, mas sim das chamadas operadoras competitivas. Elas foram responsáveis por 2 milhões de adições líquidas, ou 92% do total. Essa quantidade é ainda maior pois 466 prestadoras deixaram de informar os dados de dezembro de 2018.

As operadoras competitivas são prestadoras de pequeno porte, pois nenhuma delas possui individualmente market share superior a 2%. Entre as 5,6 mil empresas competitivas que reportaram acessos à Anatel em 2018, apenas 11 terminaram o ano com mais de 50 mil acessos banda larga fixa e quatorze possuíam entre 50 e 30 mil.

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A grande maioria destas prestadoras atende ao mercado residencial e às pequenas e médias empresas. Existem, no entanto, prestadoras com foco maior no mercado corporativo ou no mercado de atacado de transporte e redes metropolitanas.

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Falta de informação

Para se ter uma ideia do crescimento dessas empresas, elas juntas superaram a Vivo em market share de banda larga fixa em 2018 e podem vir a superar a Claro/NET em 2019. A participação delas nas estatísticas do mercado seria ainda maior se todas as prestadoras reportassem regularmente para a Anatel seus acessos.

Além disso, as competitivas estão contribuindo para o crescimento acelerado dos acessos em fibra (FTTH) no país. Esses acessos saltaram de 10,6% do total em 2017 para 18% em 2018. As competitivas terminaram o ano com 57% dos acessos FTTH do Brasil.

A opção pela fibra, que se tornou a principal tecnologia das competitivas, já representando 39% dos seus acessos, está contribuindo para um aumento da velocidade oferecida aos clientes de banda larga fixa no Brasil.

Mudança de cenário

Entre as três maiores operadoras, apenas a Claro/NET (+467 mil) apresentou crescimento em 2018. Vivo (-6 mil) e Oi (-310 mil) apresentaram adições líquidas negativas.

Esse cenário mostra uma mudança no mercado de banda larga fixa no Brasil. Resta saber se essas empresas irão passar por um processo de consolidação (fusões e aquisições) e qual será a reação das grandes operadoras diante desse cenário de perda de mercado.

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