Interferência do sinal 5G afeta serviço de parabólicas
De acordo com testes realizados pela Anatel, uma interferência do sinal 5G na faixa de 3,5 GHz afeta a imagem de antenas parabólicas nas TVs
De acordo com testes realizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), uma interferência do sinal 5G na faixa de 3,5 GHz pode prejudicar o serviço de televisão via satélite transmitido em banda C, feito por antenas parabólicas. As medições foram feitas com equipamentos de diversos fabricantes e operadoras.
O impacto, segundo as primeiras conclusões, é pior nas antenas domésticas do que nas profissionais.
Como se dá a interferência do sinal 5G
Quando a interferência do sinal 5G acontece, a imagem na TV começa a ficar com efeito pixelado. Nas antenas profissionais, o problema acontece no momento em que um feixe de 5G é apontado diretamente para elas.
Uma vez que o alcance da rede 5G em 3,5 GHz é considerado pequeno, de aproximadamente 300 metros, uma solução para o problema poderia ser a diminuição da potência da rede móvel. No entanto, isso afetaria demasiadamente a cobertura da rede.
Como resolver
A melhor solução para eliminar a interferência do sinal 5G é trocar as antenas parabólicas por versões melhores. No entanto, por serem mais caras, elas podem ser inviáveis, uma vez que TV por satélite é utilizada por famílias de baixa renda e moradoras de cidades do interior do Brasil.
Nos primeiros anos da implementação da rede 5G no Brasil, o problema pouco será notado. Uma vez que o grosso do uso da nova tecnologia ficará concentrado nos grandes centros urbanos, onde a TV por satélite na banda C é muito pouco utilizada.
+Leia também: Saiba como a tecnologia 5G vai afetar a sua vida
Impacto distante para o consumidor
A pesquisadora da PROTESTE, Thais Veloso, avalia que apesar de já estarem verificando a viabilidade de implantação do 5G no Brasil, ainda não existe data determinada e nem o real impacto desta interferência. “O que já foi exposto é que existem estudos sendo realizados a fim de identificar meios para mitigar esta interferência sem impactar no custo para as empresas e para os clientes. Por isso, este assunto, não deve ser uma preocupação para o consumidor neste momento.”, conclui a pesquisadora.