4G na América Latina pavimenta o caminho para o 5G

4G na América Latina pavimenta o caminho para o 5G

Operadoras da região devem investir em torno de US$ 47 bilhões até 2020 para promover atualizações de rede

O ecossistema da telefonia móvel adicionou US$ 280 bilhões à economia da América Latina em 2018. Impulsionado pelo aumento na adoção de smartphones, uso de dados e investimento em infraestrutura de rede, o mercado cresceu ainda mais por conta da conexão 4G, que hoje cobre 82% da população. Diante disso, as operadoras deverão investir substancialmente em atualizações de rede, para suportar a aceleração do uso de dados. E isso irá definir o caminho para a era 5G. Os dados são da GSMA Association.

A GSMA é associação que representa os interesses das operadoras de telefonia móvel em todo o mundo. A entidade prevê que o 4G represente quase dois terços do total de conexões até 2025. E esta será a mesma época em que as primeiras redes 5G da região serão implantadas nos principais mercados. Entre eles, Brasil e o México, abrangendo 8% do total de conexões na região.

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Mais tráfego de dados implica em mais investimentos

“Os consumidores em toda a América Latina estão migrando rapidamente para serviços 4G. Eles são impulsionados pelo consumo de vídeo e uso de mídias sociais. E o crescimento do tráfego está exigindo investimentos significativos na rede. Para suportar serviços digitais novos e existentes”, afirmou Michael O’Hara, diretor de Marketing da GSMA.

O diretor revela que as operadoras móveis da região devem investir em torno de US$ 47 bilhões até 2020. O objetivo é promover atualizações de rede antes da mudança para 5G.

“No entanto, o sucesso futuro dependerá fortemente de um ambiente de política flexível, que encoraje o investimento contínuo da operadora em redes. E, por sua vez, ofereça os benefícios da conectividade móvel de alta qualidade aos usuários finais”, disse O’Hara.

Número de assinantes de telefonia móvel na América Latina

Mais de dois terços da população da região está conectada a uma rede móvel. Em meados de 2018, havia 442 milhões de assinantes móveis únicos na América Latina e no Caribe (68% da população). Esse número deverá crescer para 517 milhões (74%) até 2025. No entanto, ainda existe uma grande variação nos níveis de adesão de assinantes. Países como Argentina, Chile e Uruguai estão se aproximando da penetração total. Mas alguns outros, como Guatemala, Honduras e Nicarágua, ainda têm um longo caminho a trilhar.

“Atualmente, cerca de metade da população da região está conectada à internet móvel. Isso deve crescer para sessenta e cinco por cento até 2025. Porém, significa que ainda há trabalho a ser feito para garantir que milhões de
cidadãos sejam incluídos digitalmente. E se beneficiem das oportunidades sociais e econômicas provenientes de estar online”, afirmou O’Hara. “Por isso, é vital que a indústria móvel seja capaz de trabalhar em conjunto com
governos e outros stakeholders. Para lidar com as barreiras à adoção da internet móvel, como cargas tributárias e taxas excessivas que afetam negativamente a precificação e o acesso”, completou o diretor da GSMA.

GSMA mede impacto econômico do setor

Em 2018, as tecnologias e serviços móveis geraram 5% do PIB na América Latina. Uma contribuição que totalizou US$ 280 bilhões em valor econômico agregado. A previsão é de que essa contribuição aumente para US$ 330 bilhões (5,2% do PIB) até 2022. Além disso, o mercado da telefonia móvel da região respondeu por cerca de 1,6 milhão de empregos em 2017 (direta e indiretamente). E contribuiu substancialmente para o financiamento do setor público. Mais especificamente, com aproximadamente US$ 36 bilhões arrecadados em 2017, via impostos gerais e taxas setoriais específicas.

Ainda segundo o estudo da GSMA, as operadoras móveis têm contribuído para a disseminação de novas tecnologias. Por exemplo, como o mercado da Internet das Coisas (IoT). O número de conexões de IoT na região deve triplicar entre 2017 e 2025, chegando a 1,3 bilhão, transformando tanto o setor de consumo quanto o industrial.

Internet das coisas com objetivos econômicos e sociais

O relatório cita exemplos de onde a inovação baseada em dispositivos móveis tem um impacto positivo, contribuindo para a realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas. Em Córdoba, na Argentina, a Claro fez uma parceria para desenvolver uma solução de IoT que conecta máquinas e animais de fazenda com sensores para permitir o rastreamento do produto. Em La Guajira, na Colômbia, a Telefônica e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) estão usando o big data móvel para medir como as mudanças climáticas contribuem para o deslocamento interno e o movimento dos cidadãos.

Essa iniciativa, que faz parte do programa Big Data for Social Good (BD4SG) da GSMA, visa fornecer aos governos e organizações os conhecimentos necessários para tomar decisões mais precisas e direcionar intervenções políticas.

Acesse aqui a íntegra do estudo da GSMA.

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