Compra de ingressos: cambismo é considerado um crime?
A revenda abusiva de ingressos online afeta milhões de consumidores
Você tenta comprar ingresso assim que abre a venda, mas eles somem em segundos? Um dos principais motivos é a ação dos cambistas. Essa prática, que já era comum no mundo físico, ganhou novas proporções no ambiente digital e tornou-se um grande obstáculo para quem quer garantir presença em shows, festivais ou eventos culturais.
Bots, contas falsas e revendas ilegais
No ambiente online, cambistas usam ferramentas tecnológicas sofisticadas, como os bots. Esses programas automatizados acessam plataformas de venda em massa, burlam as filas virtuais e driblam os limites de compra por CPF. Em poucos segundos, eles adquirem dezenas, às vezes centenas, de ingressos, impedindo que fãs reais tenham a chance de comprar.
Outra tática comum envolve o uso de contas falsas com CPFs de terceiros ou dados inventados. Isso ajuda os cambistas a escapar dos sistemas de segurança. Depois, os ingressos reaparecem em sites de revenda, muitas vezes por preços abusivos. Em alguns casos, os bilhetes nem são válidos, o que expõe o consumidor ao risco de golpe.
O que diz a lei e o que pode mudar
A legislação brasileira trata o cambismo de forma distinta. Em eventos esportivos, a prática é crime, conforme o artigo 166 da Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023).
Já em shows e eventos culturais, a revenda acima do valor original não é crime, mas pode ser considerada prática abusiva, segundo o Código de Defesa do Consumidor.
Apesar da brecha legal, há projetos de lei em tramitação que visam criminalizar o cambismo em qualquer tipo de evento. A proposta busca proteger o consumidor e garantir que o acesso aos eventos seja mais justo e democrático. Fique atento às mudanças e sempre denuncie práticas suspeitas!
Quer saber mais sobre o assunto? Leia a matéria completa da Proteste.
Já reparou?
A PROTESTE é a maior associação de defesa do consumidor da América Latina e, como parte de seu propósito, está sempre atenta às necessidades do mercado brasileiro. Recentemente, lançamos a campanha Já Reparou?, que visa garantir aos consumidores o Direito de Reparo de seus produtos eletrônicos de forma acessível. A iniciativa busca combater práticas de alguns fabricantes que limitam o reparo de aparelhos ao bloquear o uso de componentes que não sejam originais ou instalados por oficinas credenciadas.
Você pode participar dessa ação e colaborar com essa conquista – acesse o site jareparou.com.br, assine e garanta esse direito. Essa vitória, entre outras coisas, amplia a aquisição de peças e manuais, reduzindo o custo de consertos para o consumidor e incentivando a sustentabilidade.